Sunday, December 25, 2005

Piano

[escrito ao som de - Old Boy Soundtrack]
[para ser lido em silêncio]

Quantas vezes cinéfilos insanos como eu já não preferiram a vida nas telas já que a verdadeira não tem trilha sonora (pergunta)

Tratar a vida como filme realmente cria possibilidades mais interessantes (fugir do que realmente é, se realmente existe o que realmente é). Não cria-se consequências desvastadoras apenas por se tentar algo mais emocionante, o que se cria é apenas mais um parâmetro, o parâmetro é seu, a vida tb é... então ótimo, parâmetros e vidas sincronizados parece-me algo que soa particularmente de forma real ........

Não consigo esquecer a cena de Old Boy em que um suicida descabelado e desesperado (sim, desespero pressupõe destruição do penteado) segura um cachorrinho totalmente calmo e indiferente... Nem pretendo entrar no mérito da racionalidade e irracionalidade aqui, cada um que veja o filme e a cena como desejarem, prestem atenção no final, ele liga o filme a essa cena que fica no começo... Tb não pretendo retroceder a um Postivismo, a um Iluminismo, a um Kantismo, exacerbadores da razão, já o fiz uma vez, e tive que reescrevê-lo, e sinceramente, de tanto que durou, acabei um pouco cansado desse tema, muito óbvio !!!!

Dor física - até hj me apareceu de forma muito real, para que não me acusem de um relativista louco.

Dor emocional - mãos a obra, parâmetro criativos por favor, "transvalorem", muitos anti-clímax estão por aí devido a esterilidade dos arcaísmos.

P.S.: Essa divisão entre físico e emocional foi feita apenas com fins didáticos, já que a hipótese de um sujeito uno e indivisível é o parâmetro adotado nesses escritos.

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