Sunday, February 19, 2006

O Pequeno Príncipe x O Pequeno Nietzsche

Pré-requisito para leitura:
_O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry
Travar tal empreendimento, estabelecer as diferenças e as convergências entre mim e o dito cujo entre o menino solitário não comportado e o menino solitário curioso. Grandes personalidades.
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No planeta B-612 vemos os pequenos vulcões, tendo pequenas erupções, quebrando a calma e a ordem pequenamente. Um desses vulcões, em sua revolução diminuta, acaba até se tornando conivente, transformando-se nesse maravilhoso utensílio cujos terráqueos designam fogão. Outra coisa que podemos observar nesse pequeno planeta, é a personalidade fresca e difícil da Rosa Vermelha, lânguida ao reclamar dos ventos fortes. Devemos nos perguntar agora, a qual propósito serve a Rosa Vermelha? A uma primeira impressão apressada, a Rosa Vermelha atrapalha o Pequeno Príncipe, sim, ela o chama para solucionar os probleminhas específicos de sua chatice desocupada, porém, em um mundo habitado apenas por dois seres, é imperativo que a Literatura recorra à semiótica, os dois seres devem assumir uma simbologia maior: a Rosa Vermelha serve ao propósito de movimentação insana que a vida presume, embutindo-a de um ritmo frenético e serviçal, ela movimenta o curso histórico submetendo o ritmo do Pequeno Príncipe a ordens e caprichos... (microcosmos da vida)

Enclausurado em sua solidão, o Pequeno Príncipe continua se submetendo às forças externas Vermelhas. E sem muito pensar, acaba pegando gosto pela movimentação, executa os trabalhos de jardinagem (poda e censura), preservando um controle frágil, sufocando a baderna que vem em impulso natural, as ervas daninhas vão crescendo, descompassadas e deslocalizadas. Vai correndo o Pequeno Príncipe em busca da manutenção, circulando pela pequena esfera-planeta. Divide o dia em 24 cubos de horas, mecanizando assim o tempo, contabiliza seu lazer, permitindo-se alguns cubos de pôr-do-sol, dos múltiplos que existem em planetas com paralelos que podem ser medidos em centímetros.

Viajar!! Viaje Pequeno Príncipe!! Pois como explicar-lhe sem ser pela prática plena que a vida não é apenas isso?! E canalizando a solidão para algo que “extravia o ato simples” o Pequeno Príncipe viajou, e foi simplesmente fantástico o momento em que o corpo dele adquiriu a mesma que a do cometa... Voe e volte!! Porque o passado é importante, e a força Vermelha é interplanetária!! A Rosa não pode ficar sozinha por muito tempo... (explosão)

[Escombros pós-explosão – humpf]

Tratar agora de tema tão difícil em meio aos escombros e poeira suspensa, eu mesmo, o Pequeno Nietzsche. Em seu pequenino planeta-apartamento, localizado no reduzido espaço do século XXI, continua enviando e-mails com pequenas frases tentando mudar o curso da história, dizem as pequeninas frases: 1. Transvalore!!! 2. Subverta!!! 3. Corra Lola, Corra!!! (lembre-se que é possível mudar uma grande merda em 5 minutos) 4. Desconstrua!!! 5.Lide com a solidão de forma criativa.

E canalizando a potência destinada à solidão, transforma-se em pura Vontade de Potência! Sai de casa e ganha a rua, demora pra voltar e deixa as plantas da sacada morrerem. Porque plantas são apenas plantas em um mundo armado com florestas. Não existem Rosas Vermelhas cheias de significado para serem o único exemplar em milhares e milhares de planetas... E não precisando regar mais plantas, começa a lidar com a Vida... (explosão)
Obs:
O Pequeno Nietzsche continua e importunar como coisa-viva que é.
O Pequeno Príncipe será esquecido como mero exemplo que é.
_plágios inspirados por Clarice Lispector e Juliana SAS

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